SESSÃO DE DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA ESTRATÉGICO DE REABILITAÇÃO URBANA DA ALDEIA DE PADERNE FOI BASTANTE PARTICIPADA

SESSÃO DE DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA ESTRATÉGICO DE REABILITAÇÃO URBANA DA ALDEIA DE PADERNE FOI BASTANTE PARTICIPADA

A população de Paderne respondeu positivamente ao convite do Município de Albufeira para estar presente nas sessões dedicadas a informar o público sobre o Programa Estratégico de Reabilitação Urbana da aldeia de Paderne, que decorreu na passada sexta-feira, no Auditório da Caixa Agrícola. A Iniciativa, que superou as expectativas da organização, teve por objetivo informar os participantes sobre o programa e convidá-los a refletirem sobre as propostas apresentadas, com vista a futuramente poderem formalizar os seus contributos e sugestões, no âmbito do período de discussão pública que está a decorrer até ao próximo dia 7 de junho.

Na passada sexta-feira, 21 de maio, o Município de Albufeira promoveu duas sessões públicas de divulgação do Programa de Reabilitação Urbana da aldeia de Paderne, no Auditório D. Paio Peres Correia, na sede da Caixa Agrícola local. Devido às regras impostas pela pandemia, as sessões limitaram-se a um número reduzido de pessoas, tendo a autarquia optado por realizar duas sessões que, no total, contaram com a participação de 63 pessoas, que ali se deslocaram para saber em primeira mão as alterações previstas para a zona e os impactos que poderão trazer às suas vidas.

Refira-se que após a alteração da Delimitação da Área Urbana de Paderne (ARU), que entrou em vigor a 28 de novembro de 2018, o município passou a dispor de um prazo de 3 anos para a aprovação da correspondente Operação de Reabilitação Urbana, tendo nessa sequência procedido à elaboração do Programa Estratégico de Reabilitação Urbana da aldeia de Paderne. O Programa, que define uma estratégia para 10 anos, assenta em três objetivos estratégicos, dez opções estratégicas e 42 ações estruturantes, entendidas como prioritárias à reabilitação da aldeia.

Trata-se de um enorme investimento, no valor de 25,6 milhões de euros, que visa promover uma intervenção integrada da zona, focada na reabilitação do edificado degradado e na requalificação dos espaços urbanos, infraestruturas, equipamentos e espaços verdes e de utilização coletiva, com vista a contribuir para a revitalização física, económica e social da aldeia.

Entre as ações previstas, destacamos a reabilitação de vários edifícios nas seguintes localizações: edifício da Rua 5 de Outubro (nº 17) para Posto de Turismo; Rua Miguel Bombarda (nº 38) para o Museu do Barrocal, a antiga escola primária para Ateliers e Residências Artísticas, edifício da Praça da República (nº 1 a 5) para Casa das Artes, prevendo-se a utilização de Arte Urbana em vários locais, de forma a dinamizar o turismo de natureza, histórico, cultural e criativo. Está previsto um Hotel Rural com vista à revitalização económica, a criação de um Espaço para Feiras e Eventos e a Reabilitação do Mercado, destinado a promover os produtos locais e os eventos tradicionais, bem como a pedonalização de três arruamentos, que irão criar uma centralidade na aldeia, atraindo investimento para a zona. De realçar, também, a reabilitação do edifício da Praça da República (nº 11) para Centro de Artes e Ofícios, a Requalificação da Casa do Povo e do edifício da Banda Filarmónica, a criação de um Parque Verde Urbano e a Requalificação da Praça Comendador Libânio Correia, com o objetivo de aumentar os espaços de convivência e a qualidade de vida da população. O programa contempla, também, a criação da variante à Rua 5 de Outubro, com vista à redução de tráfego, prevendo-se a circulação na aldeia apenas para residentes, bem como a construção de três Parques de Estacionamento Público.

Durante a sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal referiu que cada vez mais as pessoas estão voltadas para o interior e escolhem as zonas de baixa densidade à procura de qualidade de vida e do contacto com a natureza. Albufeira é um concelho com uma área geográfica pouco extensa e por isso é muito importante que consigamos esbater as diferenças entre o litoral, carregado de gente e de construção, e o interior despovoado, envelhecido e com fraco dinamismo económico, destacou. “A coesão territorial não pode ser apenas uma palavra, temos que apostar no interior, rejuvenescer e reabilitar para tornar estes territórios mais atrativos”.

A aldeia de Paderne é uma das mais antigas do concelho e encontra-se inserida nos limites territoriais do aspirante a Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira, estando a decorrer a formalização da candidatura à rede mundial de Geoparques da UNESCO, “o que é um salto qualitativo para as pessoas que aqui residem ou pretendem vir a residir”, afirmou José Carlos Rolo, acrescentando que esta situação aliada à reabilitação e requalificação da aldeia contribuem para dar uma nova vida à localidade.

O Programa Estratégico da Reabilitação Urbana da aldeia de Paderne tem um horizonte temporal de dez anos e está associado a um programa de investimento público superior a 25 milhões de euros, destinado a intervenções que consideramos essenciais para a reabilitação da aldeia sob o ponto de vista urbanístico, com implicações ao nível da atividade económica e da melhoria da qualidade de vida dos residentes, frisou José Carlos Rolo. “Mas atenção, todo este dinamismo não pode ser encarado como estático, o que estamos a apresentar aqui hoje, pode não corresponder às necessidades daqui a uns anos. Tratando-se de um programa estratégico tem a possibilidade de ser ir adaptando às necessidades e alterações de paradigma que possam vir a ocorrer no futuro”. A reabilitação não passa apenas pela modificação do espaço físico. Há que estar atento às mudanças, reforçou, dando como exemplos o teletrabalho, o ensino à distância, a mudança das famílias para zonas de baixa densidade, o incremento do turismo de natureza, entre outros. “O programa não está fechado, daí a importância da participação interessada de todos”, sublinhou.

Cláudia Guedelha, vereadora responsável pelo pelouro da Reabilitação Urbana, recordou que em 2018, a alteração à delimitação da ARU foi discutida nesta mesma sala, sendo que “no decorrer da elaboração do Programa Estratégico de Reabilitação Urbana, e atendendo às ações estruturantes previstas, houve necessidade de prever uma nova alteração da delimitação da ARU, que agora totaliza uma área de 30,9 hectares, correspondendo a um aumento de 21,9 hectares, sendo assim proposta a alteração da delimitação da ARU e em simultâneo, o correspondente Programa Estratégico de Reabilitação Urbana”.

Este programa, justificou, constitui uma verdadeira oportunidade para reabilitar e revitalizar a aldeia de Paderne, e visa ir de encontro às reais necessidades do seu território e da sua população, com a definição de uma estratégia prevista a médio e longo prazo, assente numa metodologia que define os objetivos estratégicos, opções estratégicas e ações estruturantes que conduzem nessa direção.

Até ao próximo dia 7 de junho é possível consultar a documentação na Junta de Freguesia e na Câmara Municipal e enviar contributos e sugestões, através do preenchimento da ficha de participação, disponível em https://www.cm-albufeira.pt/content/reabilitacao-urbana-0

 

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