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Em 15 de outubro de 1937, a Câmara Municipal de Albufeira submeteu à aprovação do projeto para a pavimentação da Rua 1º de Dezembro, uma das principais vias de acesso à vila na altura, com uma área total de 1.424,72 m². O documento “Memória Descritiva e Justificativa”, descrevia “havendo nesta rua muitos e bons prédios de habitação numa artéria que tem sido modernizada, a pouco e pouco, e ao mesmo tempo a ligação mais fácil à estrada da Guia, viu-se esta Câmara na necessidade de mandar elaborar o projeto que junta, para acabar com as irregularidades rochosas que ali existem, tornando difícil a passagem de carros e trânsito de peões”.
Embora a via já tivesse sido alvo de algumas melhorias ao longo dos anos, nunca tinha sido completamente pavimentada devido à falta de recursos financeiros. Com o novo projeto, a Câmara solicitou uma contribuição do Estado, cobrando 50% do valor total do orçamento, que era de 20.600.000 escudos.
A pavimentação foi projetada para ser feita com empedrado sobre uma base rochosa, sem fundação, do tipo macadame, com espessura de 0,15 metros. A largura da via seria de 8 metros e a obra contaria com a utilização de cilindros mecânicos para garantir a compactação do solo. Os passeios seriam pavimentados com calçada portuguesa, com 1,85 metros de largura. O objetivo era não apenas melhorar as condições de tráfego, mas também valorizar a área, que já era composta por diversos prédios residenciais.
Pouco tempo depois, em fevereiro de 1939, a Junta Autónoma de Estradas comunicou à Câmara Municipal de Albufeira a aprovação de uma comparticipação estatal no valor de 9.156.600 escudos para a pavimentação da Rua 1º de Dezembro.
A licitação para a obra foi fixada com um valor mínimo de 19.203.416 escudos, já com a contribuição do Estado incluída. O projeto teve um impacto significativo na infraestrutura urbana de Albufeira, melhorando as condições de mobilidade e segurança para os habitantes e visitantes da cidade na época.