'CÁ VAI A MARCHA' DE SANTO ANTÓNIO PELAS RUAS DE ALBUFEIRA

O Município de Albufeira vai levar a alegria dos arraiais populares aos albufeirenses, em nome de Santo António. “Cá vai a Marcha” é o nome da iniciativa que convida a população a fazer a festa em casa, enquanto um palco móvel se desloca por toda a cidade, com música ao vivo. Vai ser no próximo dia 12 de junho, sábado, a partir das 20h00 e sobre o palco, vão estar os “Al-Mouraria”, com um vasto reportório típico das festas dos santos populares. A intenção é clara: evitar o contacto físico numa altura em que a Covid-19 ainda não está erradicada.

Não há igreja católica que não tenha a imagem de Santo António. É comum vê-lo nos estabelecimentos comerciais e muitas são as casas onde o “santo antoninho” pontua sobre um móvel de modo a que proteja o lar. Ao santo, é pedido bom casamento, proteção contra o mal e sorte nos negócios e tudo isso como derivações do poder da palavra. Foi a sua notável capacidade de pregador que mais impressionou as gentes do seu tempo. Nascido em Lisboa nos finais do séc. XII na Rua das Pedras Negras, veio a falecer a 13 de junho de 1231 em Arcella, perto de Pádua. Os italianos reclamam-no de seu, mas foi não o terem ouvido que se dedicou a falar aos peixes, situação eternizada pelo Padre António Vieira, no “Sermão de Santo António aos peixes”. Mas não é por isso que a sardinha é a rainha da festa de Santo António. É mesmo por ser o peixe de ocasião nos bairros tradicionais em Lisboa em 1932, data do primeiro festejo popular. Nas varandas vicejava o manjerico e a primavera é um convite da natureza ao namorico.

Albufeira logo apanhou a “moda”, pois sardinha era o que não faltava e dizia-se ser da melhor, pelo que a tradição impera até hoje.

“É a celebração de um aspeto importantíssimo da nossa portugalidade”, refere o presidente da Câmara Municipal, “sendo que é um dos mais apreciados em Albufeira, como um momento de alegria, tradição, amizade, fé e boa mesa com os produtos que nos chegam do mar e do campo”. Contudo, José Carlos Rolo lembra que “este ano, não podemos facilitar nos festejos, embora os reconheçamos como de grande importância para a comunidade, pelo que o objetivo passa por celebrar em casa. Assar as sardinhas, enfeitar as varandas e dançar com os familiares. E nós levamos a música por quem as sabe interpretar muito bem. Ao som das marchas, até nos sentimos mais portugueses”, refere ainda José Carlos Rolo, que todos os anos marca presença no Arraial de Santo António.

Os Al-Mouraria têm já a postos um reportório de cerca de três dezenas de cantigas típicas das marchas de bairro e do teatro de revista.

“É preciso que mantenhamos a boa disposição, apesar dos muitos revezes que a Covid-19 nos trouxe, a par de algumas medidas de política internacional que nos parecem incompreensíveis. Vamos acreditar que nos vamos manter firmes, nada está perdido e quem sabe, se Santo António não nos vai ajudar!”, conclui o autarca.

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