Paderne acolhe concerto da Orquestra Clássica do Sul

Paderne acolhe concerto da Orquestra Clássica do Sul
Paderne acolhe concerto da Orquestra Clássica do Sul

No próximo dia 16 de outubro, sexta-feira, a Orquestra Clássica do Sul apresenta em Paderne, Albufeira, um concerto com obras de Mozart, Gounot e Beethoven. A iniciativa, que está marcada para as 21h30, na Igreja Matriz, vai ser dirigida pelo maestro titular Rui Pinheiro. Entrada livre.

O evento do próximo dia 16 de outubro integra o ciclo de concertos da Orquestra Clássica do Sul (OCS), no âmbito da sua programação regular, diversificada e de elevada qualidade artística, que apresenta obras que vão do barroco ao contemporâneo.

O concerto na Igreja Matriz de Paderne inclui obras de Mozart, Gounod e Beethoven, de acordo com o seguinte programa: W. A. Mozart (1756-1791) – Adágio e Fuga em Dó menor K 546; C. Gounod (1818-1893) – Pequena Sinfonia – I. Adagio et Allegretto, II. Andante cantabile, III. Scherzo. Allegro moderato, IV. Finale. Allegretto; L. V. Beethoven (1770-1827) – Sinfonia Nº 1 em Dó Maior, Op.21 – I. Adagio molto – Allegro con brio, II. Andante cantabile com moto, III. Menuetto: Allegro molto e III. Adagio – Allegro molto e vivace.

Mozart ficou fascinado com a polifonia de Bach; recuperou várias das fugas para cordas do compositor e ele próprio compôs algumas, muitas das quais só nos chegaram através de fragmentos. A complexa “Fuga em Dó menor” nunca poderia ser confundida com uma composição de Bach, mas é possível sentir Mozart a prestar homenagem e, simultaneamente, a reproduzir a grandiosidade do Barroco. Alguns comentadores têm sugerido que a versão original para dois pianos da “Fuga, K. 426” não é pianística. Como que a dar-lhes razão, Mozart readaptou-a para quarteto de cordas (ou orquestra de cordas) em Junho de 1788, juntando uma ‘introdução’ que designou por ‘curto Adágio’. Deste modo, o resultado final ‘Adagio e Fuga em Dó menor, K. 546’ é um acrescento invulgar ao cânon de quartetos de cordas de Mozart, encostado ao “Quarteto de Hoffmeister, K. 499” entre os “Seis Quartetos de Cordas Dedicados a Haydn” (1782-1785) e o trio final dos chamados “Quartetos Prussianos” (1789-1790).

Digno e solene, o “Adagio” lembra as antigas aberturas francesas, com o seu ritmo ponteado. A fuga em quatro partes, marcada como “Allegro” apresenta-se repleta de efeitos barrocos: stretto, inversão, aumento. O tema abraça duplamente um elemento de fulgor e de resignação, acabando por ser profundamente mozartiano, apesar da sua fonte de inspiração barroca.

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