ALBUFEIRA APOSTA NO PROJETO “MENOS LIXO + COMPOSTO” PROGRAMA DE COMPOSTAGEM COMUNITÁRIA

A compostagem é uma técnica de reciclagem de matérias orgânica (da cozinha, da horta, do jardim …) que permite a valorização dos resíduos, contribuindo para a redução da quantidade que segue para aterro. 

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira sublinha que “ao valorizar os resíduos orgânicos estamos a contribuir para a redução da emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera, ao mesmo tempo que contribuímos para a Economia Circular e para a Sustentabilidade Ambiental, ao promovemos a transformação dos resíduos em fertilizante 100 por cento natural”. Assim, “através da separação na origem e da valorização pela técnica da compostagem comunitária, estamos a contribuir para uma melhor gestão dos resíduos no concelho”, destaca José Carlos Rolo.

No âmbito do projeto, o Município adquiriu uma viatura elétrica compacta de caixa aberta basculante, com vista ao transporte dos biorresíduos para os compostores e do composto resultante do processo de transformação, que posteriormente é encaminhado para utilização como fertilizante natural nos espaços verdes públicos e entregue aos munícipes interessados, que residam nas zonas abrangidas. “A aquisição da viatura 100 por cento elétrica, contribui para a redução da pegada carbónica, suportada na Estratégia Ambiental do Município e em processos de melhoria contínua”, refere o autarca que aproveita para destacar que “o projeto, no valor total de 83 mil euros, resulta de uma candidatura ao programa RecolhaBio – Valorização e Tratamento de Biorresíduos em Albufeira, financiada em 67 mil euros pelo Fundo Ambiental”.

Para que tudo corra sem sobressaltos, os técnicos da Divisão de Higiene Urbana e Espaços Verdes da autarquia desenvolveram uma campanha de sensibilização nas localidades onde foram colocados os compostores, destinada à população em geral bem como aos representantes das Juntas de Freguesia, nos dias 18 e 19 de julho, com a entrega de folhetos explicativos sobre a técnica de compostagem, em que consiste; o que se pode e não se pode colocar no compostor; regras de utilização; vantagens da compostagem e contactos para onde ligar para efeito de esclarecimento de dúvidas (808 202 492 – das 9h00 às 18h00). 

O projeto que, nesta primeira fase, contempla a instalação de cinco unidades de biocompostagem distribuídas pelas várias freguesias do concelho, “tem a possibilidade de ser replicado em outros locais, de forma a abranger mais população, ganhando escala e, consequentemente, contribuindo para a diminuição dos biorresíduos que vão parar ao aterro municipal; pretensão que a autarquia quer ver concretizada o mais rapidamente possível”, esclarece o vice-presidente Cristiano Cabrita, responsável pelo pelouro do Ambiente.

Refira-se que cerca de 40 por cento dos resíduos urbanos produzidos são biorresíduos, constituídos por resíduos alimentares e resíduos verdes (jardins e parques). Os biorresíduos fazem parte do nosso dia-a-dia. Estão presentes sempre que preparamos uma refeição e quando deitamos fora os restos de comida. Ao degradarem-se, causam maus cheiros, ao misturarem-se com outros materiais como embalagens, papel, cartão e têxteis, entre outros resíduos, que muitas pessoas ainda colocam no lixo comum. Os referidos resíduos contaminam e dificultam a separação nas linhas de triagem e, acima de tudo, representam a perda de um recurso importante (nutrientes) que podia ser encaminhado para jardins, solos agrícolas e florestas nacionais.