Portugal, de George Landmann

É na cidade de Londres de 1813, que J. Hill faz publicar na empresa tipográfica T. Cadell & W. Davies duas gravuras de Albufeira pintadas a tinta d’água por George Thomas Landmann (1780-1854), um jovem Tenente-coronel do “Corps of Royal-Engineers” que aos 26 anos de idade veio para Portugal como diretor da Academia Real de Engenharia, tendo percorrido o país e, naturalmente o Algarve, não deixando de reparar em Albufeira. Estava incumbido pelo governo inglês de fazer o levantamento, por questões estratégico-militares, do território português. A par de uma descrição literária, cria também pinturas para incluir nos seus diversos e neles encontramos duas pinturas de Albufeira, sendo uma alusiva à costa e outra ao campo e quer numa, quer noutra, é possível ver-se a existência de casas bastante dimensionadas, comuns aos grandes comerciantes do séc. XVIII, com telhados construídos a quatro águas. Na que se refere à costa, temos ainda a muralha do castelo e a torre, o que vem contrariar a ideia que tem vindo a ser veiculada de que o terramoto de 1755 fez desmoronar todo o castelo. As reproduções que podem ser vistas no Museu de Arqueologia de Albufeira foram criadas a partir dos originais, e são a imagem de Portugal do início do século XIX vista por um estrangeiro viajado e curioso pela realidade do mundo que visita.

A não perder.