CINQUENTENÁRIO DO 25 DE ABRIL EM ALBUFEIRA JUNTOU CRAVOS E APLAUSOS

As comemorações do 25 de Abril em Albufeira juntaram para cima de um milhar de pessoas, entre o concerto de Teresa Salgueiro, o espetáculo de vídeomapping, a inauguração da escultura “Sopro de Liberdade”, de Santos Carvalho, a Sessão Solene dedicada ao Poder Local e o lançamento do livro “Um sopro de Liberdade – Albufeira 1974-2014”. Nesta nova edição do Município constam os albufeirenses detidos pela PIDE, os testemunhos de diversos albufeirenses e de militares que se encontravam na região, bem como um breve estudo sobre as eleições autárquicas em Albufeira. Notável foi ainda o canto de “A portuguesa” por Michelle Tomaz no momento em que foi içada a Bandeira Nacional. O X Triatlo- 25 de Abril do FC Ferreiras e “Caminhadas ao Luar” somaram também centenas de participantes.

Os Paços do Concelho foram o palco privilegiado para as comemorações do cinquentenário do 25 de Abril. Na noite anterior, a voz incomparável de Teresa Salgueiro juntou cerca de um milhar de espetadores, que se deslumbraram, no final, com o espetáculo alusivo à Revolta dos Cravos em videomapping, para além do crescendo de emoções com o fogo-de-artifício. O final deste dia também ficou marcado pela alegria dos participantes do “Caminhadas ao Luar” sob o tema da Liberdade.

O dia histórico arrancou com a habitual Guarda de Honra e hastear da Bandeira ao som da fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, ao passo que a Sociedade Musical e Recreio Popular de Paderne surpreendeu os presentes com a voz de Michelle Tomaz, que cantou o hino nacional, “A Portuguesa”, para forte aplauso de cerca de duas centenas de albufeirenses, representantes das forças de segurança, associativas e políticas, todos de cravos na mão, distribuídos por trabalhadores do Município. Esta celebração ocorreu no lado da entrada norte do edifício da Câmara Municipal e logo de seguida todos os presentes se deslocaram à entrada sul do edifício para a inauguração da escultura “Sopro de Liberdade”, de Santos Carvalho, que marcou o ponto alto das celebrações. “Todo o processo de criação foi um momento muito meu, que a partir de agora passa a ser de todos”, referiu o escultor, que desenvolve trabalhos artísticos em pedra desde 1990. “É uma obra impactante”, salientou o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, salientando que “Santos Carvalho deixa aqui em Albufeira a sua marca, numa data de elevada importância, cuja obra transporta em si uma enorme carga simbólica”. A escultura, com três metros de altura em mármore, tem no seu interior a figura de um cravo recortado em aço, pelo que o presidente da Assembleia Municipal, Francisco Oliveira, associou a necessidade de comemorar a data à necessidade de uma flor. “O que representa o 25 de abril é algo que se deve regar todos os dias e acarinhar, a fim de permitir que as conquistas destes 50 anos não retrocedam”. Após este momento, o Executivo municipal desloucou-se às Freguesias do concelho, onde a cerimónia oficial do hastear da Bandeira ao som do hino “A Portuguesa”. A manhã registou ainda o grande sucesso das provas em corrida e ciclismo do X Trialo – 25 de Abril, organizado pelo FC Ferreiras com o apoio do Município. O clube da casa fez-se representar por uma grande comitiva que apresentou resultados à altura: o 3º lugar de Clubes da equipa Feminina e vários pódios de escalão: Afonso Gouveia, David Alfeirão, Isa Parreira, Marina Zaborskayaa e Cecília Tintim.

No período da tarde, o Salão Nobre acolheu a Sessão Solene do dia, consagrada ao Poder Local, onde todos os líderes de bancada na Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia. Entre diversos assuntos, o José Carlos Rolo centrou o seu discurso na ética do Poder, referindo que “a ética do Poder Local não passa, e nem pode passar, pela personalização do poder, quando o rosto do poder local é o rosto dos eleitores que nos confiaram os seus destinos. Não se deve ´tomar a nuvem por Juno’. Nem por parte dos eleitos, nem por parte dos eleitores. É por não se fazer esta análise dos conceitos e da prática do exercício autárquico, que muitos incorrem, por vezes, em críticas levianas e injustas. Albufeira pontua em muitos rankings que vão do ambiente ao desempenho financeiro.” Carlos Quintino (Coligação Ser Albufeira) salientou que “que aprofundar Abril nas autarquias, é planear o futuro, é ter novos horizontes, é dar respostas objetivas aos problemas das pessoas, é fazer acontecer.” Por sua vez, Domingos Coelho (PS) referiu a propósito das novas competências sobre descentralização, “maiores desafios e novos horizontes se abrem às Autarquias. Deverá ser sua obrigação estar à altura desses desafios e dos desejos das populações.” Raúl Ferreira (MIPA) fez notar que “é tempo ainda de sermos guardiões do regime democrático, que nos permite efetuarmos as nossas escolhas com liberdade e de educarmos os nossos jovens de modo a não acreditarem, de forma ingénua, nos falsos salvadores da Pátria” e Carla Vieira (Albufeira Prometida) acentuou, a propósito dos princípios de Abril, que “é nosso dever protegê-los e defendê-los com zelo, temos a obrigação de honrar o legado daqueles que vieram antes de nós, trabalhando incansavelmente para construir um país mais justo, inclusivo e solidário.” Luna Silva (CHEGA) lembrou que a “mudança do regime político ocorrida em 1974 […] suscitou uma maior aproximação às instituições europeias que culminaram com a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia em Junho de 1985.” Também usaram da palavra os presidentes das Juntas de Freguesia de Ferreiras e da Guia, Jorge do Carmo e Dinis Nascimento, respetivamente. Recordou o primeiro que o 25 de Abril de 1974 “foi um dia que ficou gravado na memória de todos os portugueses, um dia em que o povo se levantou e disse “Basta!”, ao passo que o segundo afirmou ser “nossa responsabilidade defender e fortalecer as instituições democráticas, combater a corrupção e promover a transparência e a prestação de contas. É também nossa responsabilidade combater todas as formas de discriminação e injustiça e garantir que todos os portugueses tenham acesso igualitário a oportunidades e direitos.”. Esta sessão foi encerrada pelo Presidente da Assembleia Municipal, Francisco Oliveira, que fez notar o papel do poder local que “reordenou o território, melhorou acessibilidades, construiu escolas, deu educação, permitiu a criação de empresas e empregos. O poder local democrático ajudou a transformar-nos de súbditos em cidadãos, e envolveu centenas de milhar desses cidadãos no processo político nas 13 eleições autárquicas já realizadas”. Depois deste momento, o Município de Albufeira procedeu ao lançamento do libro “Um sopro de Liberdade – Albufeira 1974-2014”, onde constam os albufeirenses detidos pela PIDE, os testemunhos de diversos albufeirenses e de militares que se encontravam na região, bem como de um breve estudo sobre as eleições autárquicas em Albufeira.

As comemorações do 25 de Abril em Albufeira juntaram para cima de um milhar de pessoas, entre o concerto de Teresa Salgueiro, o espetáculo de vídeomapping, a inauguração da escultura “Sopro de Liberdade”, de Santos Carvalho, a Sessão Solene dedicada ao Poder Local e o lançamento do livro “Um sopro de Liberdade – Albufeira 1974-2014”. Nesta nova edição do Município constam os albufeirenses detidos pela PIDE, os testemunhos de diversos albufeirenses e de militares que se encontravam na região, bem como um breve estudo sobre as eleições autárquicas em Albufeira. Notável foi ainda o canto de “A portuguesa” por Michelle Tomaz no momento em que foi içada a Bandeira Nacional. O X Triatlo- 25 de Abril do FC Ferreiras e “Caminhadas ao Luar” somaram também centenas de participantes.

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